Autor: walter

  • ANOREXIA E BULIMIA SE ENCONTRAM COM AS DROGAS E O ÁLCOOL

    “Manorexia”. Ortorexia. Diabulimia. Transtorno alimentar de binge.

    Todas essas são variações perigosas dos distúrbios alimentares de anorexia e bulimia, e se tornaram termos comuns que aparecem a todo momento em sites, blogs, matérias de jornais e televisão. Enquanto as revistas de celebridades relatam os casos dos glamourosos e dos sofredores, terapeutas e um número cada vez maior de pesquisadores tentam tratar e compreender esses quadros.

    O último verbete a entrar no léxico das doenças alimentares é a “álcoolexia”, termo que designa uma mistura complicada de comportamentos: o jejum auto-imposto ou a alimentação exagerada seguida de eliminação forçada, combinados com o abuso de álcool.

    Alcoolexia não é oficialmente um termo médico. Mas indica um fenômeno preocupante em relação ao abuso de substâncias e aos distúrbios alimentares. Entre as pessoas descritas como alcooléxicas estão os adolescentes que bebem descontroladamente, principalmente mulheres, e que passam fome o dia todo para compensar as calorias do álcool que consomem. O termo também está associado a distúrbios alimentares sérios, principalmente com a bulimia, que freqüentemente envolve um comportamento de abusar da comida – e do álcool – e depois forçar sua eliminação.

    Os anoréxicos, por restringirem severamente seu consumo de calorias, tendem a evitar o álcool. Mas alguns bebem para se acalmarem antes de comer, ou para atenuar a ansiedade causada por terem exagerado em uma refeição. Outros consomem álcool como sua única fonte nutritiva. Outros ainda, usam drogas como cocaína e metanfetamina para suprimir o apetite.

    “Algumas mulheres têm medo de colocar uma uva na boca, mas não têm problemas em beber uma cerveja”, diz o Dr. Douglas Bunnell, diretor se serviços médicos da clínica-dia do Renfrew Center, na Filadélfia.

    O centro, da mesma forma que um número pequeno mas cada vez maior de instituições que tratam de distúrbios alimentares e dependência química, a maioria na Costa Oeste dos Estados Unidos, tem uma abordagem dupla focada no abuso de substâncias e nas desordens alimentares.

    Bunnell, ex-diretor da Associação Nacional de Transtornos Alimentares, diz que a obsessão pela magreza e a aceitação social da bebida e das drogas – aliadas à noção recente de que, entre as celebridades, entrar para uma programa de reabilitação é quase uma moda, algo absolutamente chique – são em grande parte culpadas pela situação.

    “Ambas as desordens são comportamentos glorificados e estimulados”, diz Bunnell. “Abusar do álcool é sinônimo de ser descolado e de estar em alta, e perder peso e ser magro é um imperativo cultural para as mulheres mais jovens nos Estados Unidos. Unir os dois não é nenhuma surpresa, e isso chegou a um ponto alarmante em termos de conscientização pública.”

    Os psicólogos dizem que os distúrbios alimentares, como outras dependências, estão freqüentemente enraizados na necessidade de anestesiar a dor emocional com substâncias ou com a excitação provocada pelo abuso de alimentos. Os distúrbios são normalmente desencadeados por traumas de infância como abuso sexual, negligência e outras fontes de angústia mental.

    A “manorexia” é a versão masculina da anorexia. A ortorexia é a obsessão com os alimentos considerados saudáveis – eliminando gorduras e conservantes, por exemplo. Mas as pessoas com esse quadro correm o risco de se privarem de nutrientes necessários.

    A diabulimia se refere aos diabéticos que se recusam a tomar insulina para não engordarem, uma vez que a substância pode causar ganho de peso. Apesar do nome estar relacionado à bulimia, o distúrbio normalmente não envolve a eliminação forçada.

    No Transtorno Alimentar de Binge, a pessoa come compulsivamente, principalmente comidas com muito sal e muito açúcar, mas não pratica o exercício excessivo ou a eliminação forçada para compensar o consumo das muitas calorias.

    Judy Van De Veen, 36, que vive em Gillette, Nova Jersey, tornou-se anoréxica aos 24 anos. Ela diz que no início se obrigou a passar fome, dosando pequenas quantidades de alimentos não-calóricos durante dois meses. Depois, começou a comer compulsivamente e a forçar a eliminação, vomitando caixas de cereais matinais, pizzas inteiras e fast food comprada em “drive throughs” que às vezes lhe custava até US$ 80 por dia.

    Ela fez diversos tratamentos para seu distúrbio alimentar, tanto dentro quanto fora de clínicas, por vários anos no final da década de 90, com resultados irregulares. Em 2001, ainda sofrendo com a bulimia, começou a beber. Ela conta que se comesse algo enquanto bebia, forçava a eliminação, mas depois consumia mais álcool para compensar a perda, porque queria continuar bêbada.

    Muitos bulímicos que bebem usam o álcool para vomitar, dizem os especialistas em distúrbios alimentares, porque é mais fácil fazer isso com o líquido. Eles também tendem a vomitar porque normalmente bebem com o estômago vazio.

    “No começo do meu distúrbio alimentar eu não chegava perto do álcool porque ele tem muitas calorias”, diz Van De Veen, que chegou a ser hospitalizada várias vezes por desidratação. “Minha doença é querer mais: eu sempre quero mais, não importa o que.”

    Dois anos depois de começar a beber, ela entrou num programa de 12 passos contra o alcoolismo. Ela passou os dois anos seguintes entrando e saindo de programas de reabilitação, gastando cerca de US$ 25 mil de seu próprio bolso porque não tinha um plano de saúde. Mas nenhum dos programas para o alcoolismo estava capacitado para tratar distúrbios alimentares, e então ela continuou comendo exageradamente e vomitando, e seu distúrbio alimentar cresceu.

    Van De Veen diz que já está sóbria há três anos, mas ainda sofre com a bulimia. Ela agora tem uma filha de 14 meses, Cheyenne, e diz que a gravidez e os grupos de apoio a tem ajudado a fazer progressos em relação ao transtorno alimentar.

    “Eu tinha uma boa desculpa para comer”, disse ela sobre quando estava grávida. “Eu não ligava e adorava comer.”

    Mas ela conta voltou a ser assombrada pela tentação de exagerar na comida e vomitar.

     Trish, 27, que sofre de um transtorno alimentar há dez anos, deu entrada na clínica Renfrew recentemente. É a quinta vez que ela é internada em um centro de tratamento ou hospital.

    Assim como Van De Veen, Trish, que concordou em ser entrevistada sob a condição de que apenas seu primeiro nome fosse usado para proteger sua privacidade, sofreu primeiro com a anorexia e depois encontrou o álcool. Antes de ser admitida na Renfrew, ela disse que chegava a desmaiar por falta de comida e sofria de uma torturante dor de estômago.

    Trish, que é enfermeira e vive em Ohio, onde trabalha com pacientes cardíacos, diz que se obrigava a passar forme durante 8 a 12 horas, durante seus plantões, enquanto olhava para o relógio na espera do momento de tomar seu primeiro “drink”. Beber, diz ela, a deixava relaxada quando tinha de comer na frente de outras pessoas, o que normalmente era uma grande fonte de estresse.

    “O álcool foi o que provavelmente manteve algum peso no meu corpo”, disse ela durante uma entrevista, em fevereiro, no Renfrew Center, onde ela deu entrada na noite de ano novo para oito semanas de tratamento.

    “Beber me ajudou a ficar menos ansiosa”, diz ela. “Ajudou-me a ser mais a Trish. Os dois caminham juntos: quanto mais eu bebo, mas problemas alimentares eu tenho e vice-versa.”

    Estudos mostram que beber compulsivamente e a dependência do álcool estão crescendo entre as mulheres. Elas também são mais suscetíveis do que os homens aos distúrbios alimentares.

    Cerca de 25 a 33% dos bulímicos também sofrem com o abuso de álcool e drogas, de acordo com um estudo publicado no ano passado pelo jornal Biologial Psychiatry. Cerca de 20 a 25% dos anoréxicos têm problemas com abuso de substâncias, descobriu o estudo.

    Um número cada vez maior de pesquisadores se dedica a examinar as conexões psicológicas e neurológicas entre os distúrbios alimentares e o abuso de substâncias: será que comer uma barra de chocolate, ou então abusar da comida e vomitar, estimulam os mesmos centros de prazer no cérebro que as drogas ou o álcool?

    A doutora Suzette M. Evans, professora de neurociência clínica na Universidade de Columbia, começou recentemente um estudo sobre a conexão entre a bulimia e o abuso de substâncias, um campo que, segundo ela, tem sido negligenciado. “As pessoas finalmente estão começando a perceber que a comida pode funcionar da mesma maneira que as drogas e o álcool”, diz Evans.

    Enquanto cada vez mais pacientes buscam tratamento conjunto para distúrbios alimentares e abuso de substâncias, pode surgir um cenário complicado de informações cruzadas. A resposta para o vício é a abstinência; mas deixar a comida não é uma opção.

    “Tentamos fazer com que nossos pacientes encontrem comportamentos efetivos e desenvolvam habilidades para viver melhor”, diz o Dr. Kevin Wandler, vice-presidente de serviços médicos na clínica Remuda Ranch, que trata tanto distúrbios alimentares quanto a dependência em suas instalações no Arizona e na Virgínia.

    “Comer normalmente é considerado um comportamento efetivo, mas é mais fácil deixar o álcool e as drogas porque eles não são necessários para viver”, diz Wandler. “Se a sua droga é a comida, o desafio é maior.”

    Trish saiu da Renfrew em 22 de fevereiro, depois de sua segunda temporada de tratamento lá. Disse estar determinada a romper com suas obsessões em relação ao peso, a comida e ao álcool. Antes de entrar na clínica, “eu não tinha energia nem para rir”, diz ela. Mas enquanto se preparava para ir para casa, mostrava uma esperança que não tinha há muitos anos.

    “Não vou viver minha vida assim”, disse. “Aprendi dessa vez que não preciso me sentir envergonhada. Quero amar e perdoar a mim mesma.”

  • PRURIDO ANAL

    O que é Prurido Anal?

    A coceira ao redor da região anal, chamada prurido anal, é uma condição comum. É um desejo irresistível de coçar. Pode ser mais perceptível e incômodo à noite ou após evacuações.

    O que faz com que isso aconteça?

    Vários fatores podem estar em palta. Uma causa comum é a limpeza excessiva da área anal. A umidade ao redor do ânus, devido à transpiração excessiva ou às fezes úmidas e pegajosas, é outra causa possível. Em algumas pessoas, fezes moles e/ou irritantes podem ser causadas por uma alta ingestão de líquidos.

    Além disso, beber certas bebidas, incluindo algumas bebidas alcoólicas – especialmente cerveja – leite, sucos de frutas cítricas e bebidas que contenham cafeína, como café, chá e cola, pode ser agravante para algumas pessoas. Da mesma forma, alguns alimentos que podem ser um problema incluem chocolate, frutas, tomates, nozes e pipoca. Outras causas raras de prurido anal podem incluir oxiúros, psoríase, eczema, dermatite, hemorróidas, fissuras anais, infecções anais e alergias.

    O prurido anal resulta da falta de limpeza adequada?

    A limpeza quase nunca é um fator. No entanto, a tendência natural, uma vez que uma pessoa desenvolve essa coceira, é lavar a área vigorosamente e frequentemente com sabão e uma toalha. Isso quase sempre piora o problema, danificando a pele e lavando os óleos naturais protetores.

    O que pode ser feito para que essa coceira desapareça?

    Um exame cuidadoso por um cirurgião de cólon e reto ou outro médico pode identificar uma causa definitiva para a coceira. Seu médico pode recomendar tratamento para eliminar o problema específico. O tratamento do prurido anal pode incluir estes quatro pontos.

    1. Evite mais traumas na área afetada:
      • Não use sabão de qualquer tipo na região anal.
      • Não esfregue a área anal com nada – nem mesmo papel higiênico.
      • Para higiene, use papel higiênico úmido, lenços umedecidos ou uma toalha úmida para limpar a área. Nunca esfregue.
      • Tente não coçar a área com coceira. Coçar produz mais danos, o que, por sua vez, piora a coceira.
    2. Evite umidade na região anal:
      • Aplique alguns fios de algodão, uma gaze 4 x 4 ou um pouco de amido de milho em pó para manter a área seca.
      • Evite todos os pós medicamentosos, perfumados e desodorantes.
    3. Use apenas medicamentos prescritos pelo seu médico e use-os apenas conforme as instruções. Aplique medicamentos prescritos com moderação na pele ao redor da área anal e evite esfregar.
    4. Evite o excesso de líquidos e alimentos mencionados anteriormente. Na maioria dos casos, um máximo de seis copos de líquido por dia é razoável. Geralmente, não há nenhum benefício para a saúde em beber mais líquido do que isso no decorrer de um dia.

    Quanto tempo esse tratamento geralmente leva?

    A maioria das pessoas experimenta algum alívio da coceira dentro de uma semana. A cura completa geralmente ocorre dentro de quatro a seis semanas. Uma consulta de acompanhamento com seu cirurgião de cólon e reto pode ser recomendada para evitar a recorrência do prurido anal.

  • PÓLIPOS DO CÓLON E RETO

    Os pólipos são crescimentos anormais de tecido que surgem da camada interna ou mucosa do intestino grosso (cólon) e se projetam para o canal intestinal (lúmen). Alguns pólipos são planos, outros têm pedúnculo.

    Os pólipos são um dos problemas mais comuns que afetam o cólon e o reto, ocorrendo em 15 a 20% da população adulta. Embora a maioria dos pólipos seja benigna, foi possível estabelecer a relação de certos pólipos com o câncer.

    Quais são os sintomas dos pólipos?

    A maioria dos pólipos não apresenta sintomas e geralmente é encontrada casualmente durante uma endoscopia ou raio-X do intestino. Outros, no entanto, podem causar sangramento, secreção de muco, alteração do hábito intestinal ou, em casos raros, dor abdominal.

    Como os pólipos são diagnosticados?

    Os pólipos são diagnosticados pela observação direta do revestimento interno do cólon. Existem três tipos de endoscopia colorretal: (1) sigmoidoscopia rígida, (2) sigmoidoscopia flexível e (3) colonoscopia. A sigmoidoscopia rígida permite o exame dos seis a oito centímetros inferiores do intestino grosso. Na sigmoidoscopia flexível, a quarta a terceira parte inferior do cólon são examinadas. Nem a sigmoidoscopia rígida nem a flexível requerem medicação e podem ser feitas no consultório médico.

    A colonoscopia usa um instrumento mais longo e flexível e geralmente permite a inspeção de todo o cólon. A preparação intestinal é necessária e a sedação é frequentemente usada.

    O cólon também pode ser examinado indiretamente usando a técnica de raio-x de enema de bário. Este teste usa uma solução de bário para cobrir o revestimento do cólon. Raios-X são feitos e pólipos insuspeitos são frequentemente encontrados.

    Embora a verificação das fezes em busca de vestígios microscópicos de sangue seja um teste importante para distúrbios do cólon e do reto, um resultado negativo no teste NÃO descarta a presença de pólipos. Se um pólipo for descoberto, uma inspeção completa do cólon é necessária, pois pelo menos 30% desses pacientes terão mais pólipos descobertos.

    Os pólipos precisam ser tratados?

    Como não há uma maneira infalível de prever se um pólipo se tornará maligno ou não, é aconselhável removê-lo completamente. A grande maioria dos pólipos pode ser removida cortando-o com um laço de fio eletrometálico que passa pelo instrumento. Pequenos pólipos podem ser destruídos simplesmente tocando-os com uma corrente elétrica que os coagula.

    A maioria dos exames de cólon usando o colonoscópio flexível, incluindo a remoção de pólipos, pode ser realizada em nível ambulatorial com o mínimo de desconforto. Pólipos grandes podem exigir mais de um tratamento para uma remoção total. Alguns pólipos não podem ser removidos com instrumentos devido ao seu tamanho e localização; Nesses casos, a cirurgia é necessária.

    Os pólipos podem voltar? Uma vez que um pólipo é totalmente removido, é muito improvável que ele volte; embora os fatores que o causaram não desapareçam. Pelo menos 30% das pessoas que tiveram pólipos os contraem novamente. Um médico com experiência no tratamento de doenças do cólon e do reto deve realizar exames periódicos nesses pacientes.

  • OSTOMIA

    O que é uma Ostomia?

    A palavra “ostomia” é derivada do grego e significa uma abertura criada cirurgicamente conectando um órgão interno à superfície do corpo. Diferentes tipos de ostomias são nomeados para o órgão envolvido. Os tipos mais comuns de ostomias em cirurgia gastrointestinal são uma “gasatrostomia (conectando o estômago à pele), uma “ileostomia” (conectando o intestino delgado à pele) e uma “colostomia” (conectando o intestino grosso à pele).

    Uma ostomia pode ser temporária ou permanente. Uma ostomia temporária pode ser necessária se o trato intestinal não puder ser preparado adequadamente para a cirurgia devido tratar-se de um procedimento realizado na emergência, ao bloqueio por doença ou tecido cicatricial. Uma ostomia temporária também pode ser criada para permitir que um processo de doença ou local operatório cicatrize sem irritação pela passagem das fezes. As ostomias temporárias geralmente podem ser revertidas com perda mínima ou nenhuma perda da função intestinal.

    Uma ostomia permanente pode ser necessária quando a doença, ou seu tratamento, prejudica a função intestinal normal ou quando os músculos que controlam o reto não funcionam adequadamente ou requerem remoção. As causas mais comuns dessas condições são câncer retal baixo e doença inflamatória intestinal.

    Uma ostomia conecta o intestino delgado ou grosso à superfície do corpo.

    Como vou controlar minhas eliminações?

    Uma vez que sua ostomia tenha sido criada, seu cirurgião ou um terapeuta estomacal (normalmente uma enfermeira especializada em cuidados com ostomia) irá ensiná-lo a aplicar e usar uma bolsa chamada bolsa de ostomia. A bolsa é feita de uma forma especial de plástico que é presa ao corpo com uma barreira adesiva na pele. Muitos tamanhos e estilos de bolsas de ostomia estão disponíveis. A bolsa é descartável e é esvaziada ou trocada conforme necessário. O sistema é bastante seguro; “Acidentes” não são comuns e as bolsas normalmente são livres de odores. A frequência de seus movimentos intestinais variam, dependendo do tipo de ostomia que você tem, sua dieta e seus hábitos intestinais antes da cirurgia. Se a ostomia for uma colostomia, técnicas de irrigação podem ser aprendidas que permitem um maior controle sobre o tempo dos movimentos intestinais.

    Uma bolsa de ostomia é uma bolsa de plástico, presa ao corpo com uma barreira adesiva na pele, que fornece controle seguro e sem odor dos movimentos intestinais.

    Minhas atividades físicas serão limitadas?

    A resposta a esta pergunta é geralmente um enfático NÃO! Você pode ter amigos ou conhecidos que têm uma ostomia da qual você não tem conhecimento. Figuras públicas, artistas proeminentes e até atletas profissionais têm ostomias que não limitam significativamente suas atividades. Todas as suas atividades habituais, incluindo esportes ativos, podem ser retomadas assim que a cura da cirurgia estiver completa.

    Uma ostomia afetará minha vida sexual?

    A maioria dos pacientes com ostomias retoma sua atividade sexual habitual. Nos homens, a remoção do reto inferior devido um câncer pode resultar em disfunção sexual devido a lesões nos nervos que passam perto do reto. Isso não está relacionado à ostomia. Muitas pessoas com ostomias se preocupam com a forma como que seu parceiro sexual pensará nelas por causa de sua bolsa. Essa mudança percebida na imagem corporal de uma pessoa pode ser superada por um forte relacionamento, tempo e paciência. Grupos de apoio também estão disponíveis em muitas cidades. Se o procedimento cirúrgico exigir a remoção do reto, você pode discutir a função sexual com seu cirurgião de cólon e reto ou com uma enfermeira especializada antes da cirurgia.

    Muitas vezes, é reconfortante para um paciente que está enfrentando uma ostomia permanente visitar outra pessoa que já passou pela cirurgia e se ajustou à sua ostomia. Essas visitas geralmente podem ser coordenadas por seu cirurgião ou enfermeira. Se as circunstâncias ditarem a necessidade de uma ostomia, é provável que você retorne a um estilo de vida satisfatório. Com a habilidade e o apoio de um cirurgião de cólon e reto e uma enfermeira, pode-se lidar com uma ostomia temporária ou permanente e retomar uma vida normal.

  • OBESIDADE REDUZ ATÉ DEZ ANOS DE VIDA

    Uma análise de 57 estudos feitos na Europa e Estados Unidos com quase 900 mil pessoas revelou que um índice de massa corporal (IMC) alto leva a um aumento nas taxas de mortalidade. O trabalho considerou o IMC ideal entre 22,5 e 25 kg/m² – o coeficiente é calculado ao se dividir o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metro).

    Segundo o estudo, acima do valor máximo ideal, cada 5 kg/m² extra resulta em um aumento de cerca de um terço na mortalidade geral. A pesquisa, coordenada por Richard Peto e Gary Whitlock, da Colaboração de Estudos Prospectivos da Universidade de Oxford, no Reino Unido, foi publicada revista médica The Lancet.

    Entre as conclusões está que a obesidade moderada, ou sobrepeso (IMC entre 30 e 35), é bastante comum estatisticamente, mas tem apenas um terço do efeito do hábito de fumar na mortalidade. Enquanto isso, a obesidade severa (IMC de 40 a 50), apesar de mais rara, tem efeito semelhante ao cigarro na mortalidade. Os pesquisadores analisaram a relação entre IMC e o risco de morte por conta de diversos problemas de saúde.

    A idade média dos envolvidos ficou em 46 anos, com homens representando 61% do total. Nos dois sexos, a mortalidade se mostrou menor no IMC considerado ideal. Cada 5 kg/m² adicional representou um aumento de: 40% na mortalidade por doenças do coração, derrame e outros problemas vasculares; 60% a 120% para diabetes e doenças no fígado e rins; 10% em relação ao câncer; e 20% de aumento para indivíduos com doenças pulmonares. A obesidade moderada reduziu a expectativa de vida entre dois e quatro anos. A diminuição foi de oito a dez anos para casos de obesidade severa ou mórbida. Foi observado também um aumento na mortalidade em indivíduos com IMC abaixo do considerado ideal, mas os cientistas destacam que será preciso novo estudo para entender melhor tal relação, que não foi o objetivo da presente pesquisa.

    “A conclusão é simples: excesso de peso diminui a expectativa de vida. Em países como a Inglaterra e os Estados Unidos, pesar um terço a mais do que o ideal diminui a expectativa média de vida em três anos”, disse Whitlock. “Para a maioria das pessoas, esse um terço significa carregar de 20 a 30 quilos a mais de excesso de peso. É mais fácil evitar o ganho de peso do que perdê-lo depois que o excesso já está presente. Evitar atingir um IMC de 32 kg/m² pode representar alguns anos a mais de vida”, disse.

  • O MUNDO ESTÁ MAIS GORDO

    Já faz tempo que a obesidade deixou de ser um problema meramente de ordem estética e foi alçado para a categoria de doença crônica.

    A situação é tão alarmante que doença já até ganhou status de epidemia. A estimativa é que em 2030 o mal aumente 70% nos Estados Unidos (mais da metade já esta obesa), 50% na Inglaterra e 30% no Brasil. Por aqui, uma pesquisa realizada pelo IBGE identificou que, pelo menos, 38 milhões de brasileiros são obesos. A ala masculina é a mais afetada somando 41% dessa farta fatia da população.

    A maior autoridade de saúde dos Estados Unidos, o Surgeon General afirma que desde 1980 o número de crianças obesas dobrou (cerca de 14% estão obesas) e o de adolescentes triplicou no país.

    Embora o fator genético contribua para desenvolver esse mal, as principais causas da doença ainda recaem sobre o consumo crescente de comidas com alto valor calórico, ricas em gorduras saturadas e açúcares, além de atividade física reduzida, ou seja, sedentarismo.

    A OMS calcula que, aproximadamente, 90% das pessoas com diabetes tipo 2 são obesas ou têm excesso de peso. Ter um IMC acima do ideal contribui para cerca de 58% do diabetes, 21% das cardiopatias isquêmicas e entre 8% e 42% de determinados tipos de câncer, como os de mama, cólon, próstata, endométrio, rins e vesícula biliar.

    No entanto nem todas as pessoas, com peso acima do normal, apresentam a mesma gama de problemas e, portanto as soluções para cada uma são diferenciadas. Por este motivo, desde 1983, procura-se avaliar as condições nutricionais de uma pessoa e diferenciar os obesos utilizando um índice que é denominado de Índice de Massa Corpórea ou IMC, que é calculado dividindo-se o peso em quilogramas (Kg) pelo quadrado da altura em metros (m).

              O IMC ideal está entre 18,5 e 24,9. Entre 25 e 29,9 chamamos de sobrepeso ou obesidade leves, e um IMC maior que 30 caracteriza uma obesidade propriamente dita, já se observando um maior risco para o desenvolvimento de doenças relacionadas à obesidade. Um IMC maior que 40 indica uma obesidade mórbida e são pacientes onde está indicado o tratamento cirúrgico.

    O tratamento da obesidade deve dirigir-se objetivando melhora do bem-estar e da saúde metabólica do indivíduo, diminuindo os riscos de doença na vida futura. Embora com freqüência a obtenção de resultados cosméticos seja parte das expectativas do paciente, isto não é o objetivo primário do tratamento.

              A idéia de sucesso no tratamento da obesidade tem sido modificada com observações tal com perdas modestas de peso (da ordem de 5 a 10%) podem produzir ganhos significantes para a saúde (melhorar a pressão arterial, o diabetes e o número de apnéias), e melhorar a qualidade de vida. Com isso deve-se redefinir como sucesso num tratamento para obesidade “reduzir a gravidade da obesidade” em vez de “normalizar o peso corporal”, sendo que até mesmo a estabilização sem perda de peso representa um modesto sucesso.

    1- Tratamento dietético

    A maior parte dos tratamentos dietéticos da obesidade envolve redução da ingestão calórica, baseado na avaliação dos hábitos alimentares, o que também norteará a escolha do melhor agente farmacológico, quando indicado.

    Na prática, a maior parte dos pacientes obesos apresenta muita dificuldade de adesão em longo prazo.

    2- Tratamento comportamental

    Baseia-se em avaliar e adequar a motivação do paciente, avaliar e adequar desajustes do comportamento alimentar (compulsões alimentares, alimentação secundária a apelos de ordem emocional) e avaliar e adequar o grau de atividade física (como reduzir o tempo sentado e o uso do automóvel, o uso da escada ao invés do elevador).

    Objetiva então controlar o estímulo à alimentação ou os gatilhos que deflagram o início da ingestão de alimento e aumentar o auto-controle; e tem seu lugar independente do uso de outros adjuvantes como medicação antiobesidade.

    3- Exercício e atividade física

    Tanto a atividade física não programada quanto os exercícios (atividade física programada) têm sua importância no tratamento da obesidade, e na manutenção do peso após o período de perda de peso.

    4- Tratamentos “alternativos”

    Os tratamentos a seguir não apresentam comprovação científica que assegurem eficácia e segurança, e que suportem o seu uso no tratamento da obesidade, tendo sido considerados pelo “I Consenso Latino – Americano de Obesidade” terapias não recomendáveis para tal: acupuntura, auriculoterapia, cremes para celulite, massagens com creme, inclusive endermologia, fitoterapia, mesoterapia ou enzimoterapia, terapia “ortomolecular”, formulações magistrais “naturais”.

    5- Tratamento farmacológico

    O tratamento farmacológico da obesidade está indicado na presença de índice de massa corpórea maior que 25 Kg/m2 com doenças associadas ou com IMC > 30 Kg/m2 isoladamente.

    Hoje há uma quantidade de medicamentos para o tratamento da obesidade, mas que em resumo podem ser divididos em 3 grupos: medicamentos que diminuem o apetite agindo no sistema nervoso central, medicamentos termogênicos e medicamentos que afetam a absorção de nutrientes.

    6- Balão Intra-Gástrico (BIG)

    O sistema de balão intragástrico (BIG) é uma alternativa não-cirúrgica e não farmacológica para o tratamento da obesidade.

    Estudado desde 1982 o BIG foi projetado para induzir a perda de peso em pacientes obesos, através do preenchimento parcial do estômago induzindo a sensação de saciedade, promovendo com isso uma diminuição da ingesta alimentar e a adoção de um novo hábito dietético.

    Está indicado para uso temporário em:

    • Obesos moderados que possuem outras doenças relacionadas à obesidade (diabetes, doenças cardio e cerebrovascular, alterações da coagulação, doenças articulares, câncer de diversos locais, cirrose hepática, apnéia do sono, etc.) e não obtiveram sucesso com um programa de perda de peso apenas;
    • Obesos severos (obesidade mórbida) em pré-operatório do tratamento cirúrgico, para reduzir o risco operatório;
    • como único tratamento para pacientes com doenças cardio-respiratórias severas;
    • com intenção estética para pacientes pouco obesos (glutões) que vivem em regimes e no famoso efeito sanfona, juntamente com acompanhamento nutricional e psicológico.

    Feito de um silicone durável, liso, sem costura, elástico, de alta qualidade e resistente a secreção gástrica (ácida), o BIG é colocado endoscopicamente dentro do estômago, sem internação, sendo cheio com 600 a 800 ml de solução fisiológica 0,9% mais anilina estéreis, onde pode permanecer por um período de até 6 meses.

    Além disso, é visualizável por fluoroscopia (Rx) através de sua válvula radiopaca, e é totalmente desinsuflável e retirável por endoscopia.

    É importante deixar claro que sucessivos balões podem ser colocados para prolongar o tratamento, mas o BIG deve ser usado em conjunto com uma dieta supervisionada (nutricionista) e um programa de mudança de comportamento (psicólogo ou psiquiatra) para ajudar manter o peso ou a perda de peso após a remoção do balão.

    7- Tratamento cirúrgico (cirurgia bariátrica)

    Este tipo de tratamento é considerado em pacientes obesos mórbidos resistentes ao tratamento clínico.

    O objetivo do tratamento cirúrgico é o de reduzir o peso em níveis nos quais os riscos da obesidade se tornem aceitáveis e mortalidade seja próxima à da população não obesa.

    As indicações cirúrgicas aceitas para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida são: pacientes com IMC > 40 ou peso corporal 45 Kg acima do peso ideal mantido por período mínimo de 5 anos; e pessoas com IMC entre 35 e 40 que apresentam doenças associadas.

    Há várias técnicas cirúrgicas, mas as mais utilizadas atualmente baseiam-se na restrição do volume do estômago, a qual pode ser feita com a secção do mesmo quando se associa também um procedimento dissabsortivo, ou com o uso de uma cinta regulável (banda gástrica) – procedimento exclusivamente restritivo onde não há corte em nenhum segmento do aparelho digestivo –  de acordo com a necessidade de perda de peso.

    O que temos observado com grande freqüência em nossa prática clínica é a presença de pacientes que se submeteram e/ou estão prestes a se submeter a um procedimento mais radical, a famosa redução de estômago, sem terem sido informados da existência de outros métodos menos radicais, que a princípio produzem uma menor perda de peso, mas em compensação não se tratam de procedimentos definitivos, e nem que “impedem” a realização de outros procedimentos em caso de falha.

    Baseados em nossa prática, na experiência da literatura mundial e amparados por um novo conceito de sucesso no tratamento da obesidade, exposto acima, é que temos investido em procedimentos menos radicais, mas que visam primeiramente a uma melhora na qualidade de vida e nunca em produzir distúrbios que a piorem tais como reportagem descrita na revista veja que mostra vários pacientes que se submeteram a operação de redução de estômago em desenvolveram inúmeros distúrbios psiquiátricos entre eles o alcoolismo, depressão, suicídio.

  • LIGHT OU DIET. VOCÊ SABE QUAL A DIFERENÇA?

    Os supermercados oferecem uma infinidade cada vez maior de alimentos e bebidas consideradas light e diet. Os produtos vão desde leite, iogurtes, pães, geléias, refrigerantes, requeijão, chocolates, barras de cereais até comidas pré-cozidas.

    Contudo, a grande maioria das pessoas não sabe diferenciar os produtos light dos diet e, em algum momento, acreditam que são sinônimos. Outro aspecto é que são poucas as pessoas que se preocupam em saber o que cada um desses alimentos apresenta em sua composição e porque são diferentes dos demais.

    Desde 1988, os produtos light e diet estavam enquadrados pelo Ministério da Saúde na categoria de “alimentos especiais”. Era uma legislação considerada inadequada pela maioria dos nutricionistas e que gerava confusão tanto por parte dos fabricantes como dos consumidores.

    Recentemente, uma nova legislação conceituou os produtos light e diet dentro da mesma fórmula utilizada nos Estados Unidos e na Europa. Para facilitar a identificação, os fabricantes devem especificar o perfil do produto na embalagem e destacar a palavra light ou diet. Contudo, a medida não significa a segurança completa para o consumidor, uma vez que alguns fabricantes não cumprem rigorosamente as regras adotadas pelo Ministério da Saúde.

    O Sabinonline mostra, agora, alguns detalhes que podem ajudar a diferenciar os alimentos light e diet.

    Quando se lê no rótulo a palavra diet significa que o alimento tem ausência total de algum ingrediente, que pode ser o açúcar, o sal, a gordura, etc. Produtos específicos para diabéticos devem ser totalmente isentos de açúcar, para portadores de problemas cardiovasculares, a restrição deve ser de gordura e assim por diante. Contudo, nos produtos diet nem sempre ocorre a redução de calorias e é exatamente aí que o consumidor se engana.

    Um bom exemplo é o chocolate. Os diet são fabricados com adoçantes que substituem o açúcar. Geralmente é produzido para o consumo dos diabéticos mas acabam sendo ingeridos por pessoas que querem restringir as calorias de suas dietas. O que poucos sabem é que a troca do açúcar, por adoçantes no momento da fabricação, modifica em grande parte a textura do alimento. Para conseguir a textura habitual, os fabricantes acabam adicionando mais gordura, o que faz com que o total de calorias do chocolate diet (535 cal/100 g) fique equivalente ao do não diet (565 cal/100 g). O consumidor, sem as corretas informações sobre o produto, acaba pagando mais caro por um alimento com as mesmas calorias da versão normal, embora não contenha a presença da sacarose.

    Os alimentos light são aqueles com baixo teor de componentes: sódio, açúcares, gorduras, colesterol, e/ou calorias, ou seja, não são isentos totalmente como os diet. Por isso não são  indicados para dietas específicas.

    São considerados alimentos light aqueles que registram a redução de pelo menos 25% da quantidade de um determinado nutriente e/ou calorias em relação ao alimento tradicional. No caso de alimento sólido, no que se refere às calorias, o valor total da redução deve ser no mínimo de 40 calorias para cada 100 g de alimento e para os líquidos esse valor diminui para 20 calorias.

  • HEMORRÓIDAS

    Você sabia…

    • As hemorróidas são uma das doenças conhecidas mais comuns.
    • Mais da metade da população desenvolverá hemorróidas, geralmente após os 30 anos.
    • Normalmente um paciente sofre em silêncio por um longo período antes de procurar atendimento médico.
    • Os métodos de tratamento atuais tornam alguns tipos de remoção de hemorróidas muito menos dolorosos.

    O que são Hemorróidas?

    Muitas vezes descritas como “varizes do ânus e do reto”, as hemorróidas são vasos sanguíneos aumentados e salientes dentro e ao redor do ânus e do reto inferior.

    Existem dois tipos de hemorróidas: externas e internas, que se referem à sua localização.

    As hemorróidas externas se desenvolvem perto do ânus e são cobertas por uma pele muito sensível. Se um coágulo sanguíneo se desenvolver em uma delas, pode ocorrer um inchaço doloroso. A hemorróida externa parece um nódulo duro e sensível. Ela sangra apenas se se romper.

    As hemorróidas internas se desenvolvem dentro do ânus abaixo do revestimento. O sangramento é indolor e a protrusão durante os movimentos intestinais são os sintomas mais comuns. No entanto, uma hemorróida interna pode causar dor intensa se estiver completamente “prolapsada” – projeta-se da abertura anal e não pode ser empurrada de volta para dentro.

    O que causa hemorróidas?

    Uma causa exata é desconhecida; No entanto, a postura ereta dos humanos por si só força uma grande pressão sobre as veias retais, o que às vezes faz com que elas inchem. Outros fatores contribuintes incluem:

    • Idade
    • Constipação crônica ou diarréia
    • Gravidez
    • Hereditariedade
    • Mal funcionamento intestinal com o uso excessivo de laxantes ou enemas; esforço durante a evacuação
    • Passar longos períodos de tempo (por exemplo, lendo) no banheiro durante a evacuação.

    Seja qual for a causa, os tecidos que sustentam as veias se esticam. Como resultado, as veias se dilatam; suas paredes tornam-se finas e sangram. Se o alongamento e a pressão continuarem, as veias enfraquecidas se projetam.

    Quai são os sintomas?

    Se você notar qualquer um dos seguintes sintomas, você pode ter hemorróidas:

    • Sangramento durante a evacuação
    • Protrusão durante a evacuação
    • Coceira na região anal
    • Dor
    • Nódulo(s) sensível(s)

    Podem as Hemorróidas tornarem-se um câncer?

    Não. Não há relação entre hemorróidas e câncer. No entanto, os sintomas das hemorróidas, principalmente o sangramento, são semelhantes aos do câncer colorretal e outras doenças do sistema digestivo. Portanto, é importante que todos os sintomas sejam investigados por um médico especialmente treinado no tratamento de doenças do cólon e do reto. Não confie em medicamentos de venda livre ou outros autotratamentos. Consulte um cirurgião colorretal primeiro para que seus sintomas possam ser avaliados adequadamente e o tratamento eficaz seja prescrito.

    Como as Hemorróidas são tratadas?

    Os sintomas leves podem ser aliviados com frequência aumentando a quantidade de fibras (por exemplo, frutas, vegetais, pães e cereais) e líquidos na dieta. Eliminar o esforço excessivo reduz a pressão sobre as hemorróidas e ajuda a evitar que elas se projetem. Um banho de assento – sentado em água morna por cerca de 10 minutos – também pode proporcionar algum alívio

    Com essas medidas, a dor e o inchaço da maioria das hemorróidas sintomáticas diminuirão em dois a sete dias, e o nódulo firme deve diminuir dentro de quatro a seis semanas. Em casos de dor intensa e persistente, seu médico pode optar por remover a hemorróida contendo o coágulo com uma pequena incisão. Realizado sob anestesia local em regime ambulatorial, este procedimento geralmente proporciona alívio.

    Hemorróidas graves podem exigir tratamento especial, muitos dos quais podem ser realizados em regime ambulatorial.

    • A ligadura elástica funciona de forma eficaz nas hemorróidas internas que se projetam durante o esforço para evacuar. Um pequeno elástico é colocado sobre a hemorróida, cortando seu suprimento de sangue. A hemorróida e a banda caem em poucos dias e a ferida geralmente cicatriza em uma ou duas semanas. Este procedimento às vezes produz leve desconforto e sangramento.
    • Injeção e coagulação também podem ser usadas em hemorróidas que apresentam sangramento, mas que não se projetam. Ambos os métodos são relativamente indolores e fazem com que a hemorróida murche.
    • A hemorroidectomia – cirurgia para remover as hemorróidas – é o melhor método para a remoção permanente das hemorróidas. É necessário quando (1) coágulos se formam repetidamente em hemorróidas externas; (2) a ligadura não trata hemorróidas internas; (3) a hemorróida saliente não pode ser reduzida; ou (4) há sangramento persistente. Uma hemorroidectomia remove o excesso de tecido que causa o sangramento e a protrusão. É feito sob anestesia e pode, dependendo das circunstâncias, exigir hospitalização e um período de inatividade. As hemorroidectomias a laser não oferecem nenhuma vantagem sobre as técnicas operatórias padrão, sendo um procedimento muito mais caro e, ao contrário da crença popular, não são menos dolorosos.
    • Outros tratamentos incluem crioterapia, coagulação BICAP e corrente contínua. A crioterapia, popular há 20 anos, consiste no congelamento de tecido hemorroidário. Não é recomendado para hemorróidas porque é muito doloroso. BICAP e corrente contínua são métodos que encolhem a hemorróida. Nenhum desses trabalhos ganhou ampla aceitação.

    Ligadura elástica de hemorróidas internas:

    1. Abaulamento, sangramento, hemorróida interna
    2. Elástico aplicado na base da hemorróida

    Cerca de 7 dias depois, a hemorróida caiu deixando uma pequena cicatriz em sua base (seta)

  • HALITOSE (Mal Hálito)

    O QUE É?

    A halitose (termo científico usado para denominar o mal hálito) tem incomodado o ser humano desde gerações ancestrais, sendo um problema de desaprovação social entre indivíduos de uma sociedade, citamos entre muitos exemplos, o antigo testamento, onde Jó (19:17) se lamenta: “O meu hálito é intolerável à minha mulher…”.

    Plutarco (6-120 d.C), em sua obra “Escrevendo sobre moralidade”, diz que depois de Heron de Siracusa foi informado pelo médico sobre seu hálito, o tirano repreendeu sua mulher dizendo: “Por que não me advertiste de que meu hálito te fere a cada vez que te beijo”. Ao que ela respondeu altivamente: “Sempre pensei que o hálito de todos os homens tivessem esse terrível odor”.

    Para Millôr Fernandes, escritor de nossos dias, “o maior anticoncepcional do mundo é o mal hálito” (Fernandes, 1994).

    No entanto, a halitose somente se tornou uma entidade clínica, quando foi estudada e descrita por Howe em 1874.

    Reconhecer o problema é relativamente simples, porém quando o mal hálito ocorre devido a alguma doença, pode produzir distintamente diferentes odores, os quais são de grande auxílio na diferenciação da etiologia se os vários fatores causais forem entendidos.

    Portanto, halitose não é uma doença, mas sim uma manifestação clínica através de sinais e ou sintomas da cavidade bucal que nos mostra que alguma coisa “não anda bem” com aquela determinada pessoa. Na verdade podemos afirmar que as maiorias das causas da halitose estão na região da própria cabeça – cáries, gengivite, glossite, estomatite, aftas, amigdalite, rinite, sinusite,……, para só depois pensarmos em outras causas como as do aparelho digestivo e as sistêmicas como diabetes, cirrose e insuficiência renal crônica.

    Dados mostram que cerca de 30% da população brasileira é acometida ocasionalmente ou de forma crônica pelo mau hálito, ou seja, aproximadamente 57 milhões de pessoas. “Felizmente, apenas uma pequena parcela desse contingente tem um problema de saúde mais grave por trás do mau hálito, mas é sempre importante averiguar. Também, na medida em que envelhecem, as pessoas vão ficando mais suscetíveis ao mau hálito: estudos apontam que a incidência de halitose na população brasileira é de 17% na faixa etária de zero a 12 anos, 41% de 12 a 65 anos, e 71% acima dos 65 anos de idade, devido a redução da função das glândulas salivares, causada principalmente pelo uso continuado de uma grande quantidade de medicamentos que reduzem a salivação e pelo hábito comum nessa faixa etária de baixa ingestão de líquidos. Vale lembrar que os líquidos são a matéria-prima principal para a formação de saliva de boa quantidade e qualidade e esta, por sua vez, para a manutenção de um hálito agradável.

    A ABHA (Associação Brasileira de Halitose) corrobora com a nossa orientação e informa que: “Várias alterações podem causar a halitose (mau hálito), como o jejum prolongado, as dietas para emagrecimento e também os problemas de saúde importantes, como diabetes, intolerância a lactose e outras situações ainda mais graves, como o câncer, as doenças autoimunes, distúrbios renais e hepáticos, entre outros.

    Por isso, é importante avisar quem está com mau hálito, para que a pessoa possa acompanhar de perto sua saúde, buscando diagnóstico precoce e tratamento adequado, de modo a evitar que certas condições piorem.

    A ABHA mantém em seu site várias informações sobre o tema, indicações de profissionais de todo o Brasil habilitados para tratar de halitose, além do serviço gratuito SOS Mau Hálito – que encaminha e-mail ou carta de forma anônima, para avisar quem está com mau hálito sobre o problema, mantendo em sigilo a identidade da pessoa que solicitou o alerta, pois quem tem mau hálito muitas vezes não percebe a alteração, uma vez que quando ficamos expostos a um mesmo cheiro por algum tempo, ocorre um fenômeno fisiológico denominado a fadiga olfatória, ou seja, o nariz acostuma-se com o odor e deixa de notá-lo. Daí a importância de aviso vir de uma segunda pessoa, e como trata-se de um assunto, muitas vezes constrangedor para ambas as partes daí o serviço como o SOS.

    COMO É TRATADO?

    O tratamento baseia-se na identificação da causa, a qual deve seguir a mínima ordem de procura de profissionais: Dentistas, Otorrinos e Gastroenterologistas.

    O dentista deve ser primeiro profissional a ser consultado nos casos hálito alterado, pois, cerca de 90% de suas causas estão na boca, de acordo com várias pesquisas. A higiene inadequada dos dentes contribui para o problema, mas, diferente do que muitos pensam, não é o principal vilão.

    Outras alterações na boca que induzem à formação do mau hálito, como a descamação da mucosa bucal, o acúmulo de saburra lingual, a presença de cáseos nas amigdalas e as alterações salivares devem, neste caso, serem avaliadas pelo otorrinolaringologista.

    Com a definição da causa o tratamento se torna muito facilitado e a solução do problema uma questão de tempo.

  • FISSURA ANAL

    O que é uma Fissura Anal?

    Uma fissura anal é um pequeno rasgo ou corte na pele que reveste o ânus que pode causar dor e/ou sangramento.

    http://www.fascrs.org/associations/1843/files/fissure1.gifUma visão trans-anal de uma fissura aguda simples.



    Quais os sintomas de uma Fissura Anal?

    Os sintomas típicos de uma fissura anal são dor extrema durante a defecação e sangue vermelho nas fezes. Os pacientes podem tentar evitar a defecação por causa da dor.

    O que causa uma Fissura Anal?

    Uma evacuação dura e seca pode causar uma ruptura no revestimento anal, resultando em uma fissura. Outras causas de fissura incluem diarreia e inflamação da área anorretal.

    As fissuras anais podem ser agudas (início recente) ou crônicas (presentes por muito tempo ou recorrentes com frequência). Uma fissura aguda geralmente é devido a hábitos intestinais alterados, enquanto uma fissura crônica pode ser devido a maus hábitos intestinais, músculos do esfíncter anal excessivamente tensos ou espásticos, cicatrizes ou um problema médico subjacente.

    Como uma fissura pode ser tratada?

    Uma fissura aguda é tratada com tratamentos não cirúrgicos e mais de 90% cicatrizam sem cirurgia. Os hábitos intestinais são melhorados com uma dieta rica em fibras, agentes de volume (suplementos de fibras), amaciantes de fezes e muito líquido para evitar a constipação e promover a passagem de fezes moles. Banhos de assento quentes por 10 a 20 minutos várias vezes ao dia são calmantes e promovem o relaxamento dos músculos anais. Ocasionalmente, cremes medicamentosos especiais podem ser recomendados.

    Uma fissura crônica (com duração superior a um mês) pode exigir tratamento adicional. Dependendo da aparência da fissura, outros problemas médicos, como doença inflamatória intestinal ou infecções, podem ser considerados. Um teste de manometria pode ser realizado para determinar se as pressões do esfíncter anal estão altas. Um exame sob anestesia pode ser recomendado para determinar se existe uma razão definitiva para a falta de cicatrização.

    O que pode ser feito se uma fissura não cicatrizar?

    Uma fissura que não responde ao tratamento deve ser reexaminada para determinar se existe uma razão definitiva para a falta de cicatrização. Tais razões podem incluir cicatrizes ou espasmo muscular do músculo do esfíncter anal interno. Aqueles que continuam a causar dor e/ou sangramento podem ser corrigidos por cirurgia.

    O que envolve a cirurgia?

    A cirurgia usual consiste em uma pequena operação para cortar uma parte do músculo do esfíncter anal interno. Isso ajuda a cicatrizar a fissura, diminuindo a dor e o espasmo. O corte desse músculo raramente interfere na capacidade de controlar os movimentos intestinais e geralmente pode ser realizado com uma curta internação hospitalar.

    http://www.fascrs.org/associations/1843/files/fissure2.jpgVisão coronal de uma fissure crônica com uma marca de pele e uma papila anal hipertrofiada.


    Quanto tempo leva o processo de cicatrização após a cirurgia?

    A cura completa ocorre em algumas semanas, embora a dor geralmente desapareça após alguns dias.

    Há chance de recidiva?

    Mais de 90% dos pacientes que necessitam de cirurgia para esse problema não têm mais problemas com fissuras. Se o problema retornar sem uma causa óbvia, a pessoa pode precisar de uma avaliação adicional, incluindo teste de manometria anal ou um exame sob anestesia.

    As fissuras podem levar ao câncer de cólon? Não! Os sintomas persistentes precisam de uma avaliação cuidadosa, uma vez que outras condições podem causar sintomas semelhantes.